Carta de Eu
Este ano, a neve foi verde e as nuvens muito vermelhas — cores estranhas que pintam o céu da minha existência.
Essa doença me ensinou que o mundo pode virar de cabeça para baixo a qualquer momento, seja agora, seja daqui a alguns anos.
Não sei quando, nem como, mas sei que o inesperado é parte do caminho.
Que eu possa acolher essa verdade com a suavidade de quem abraça a si mesma, mesmo quando tudo parece estranho demais para entender.
Que a neve verde seja a minha força, e as nuvens vermelhas, o fogo que arde sem queimar.
Enquanto houver tempo, que eu viva cada instante com coragem, amor e a poesia que ainda cabe no meu peito.
Eu