Perguntei-me em que momentos escrevi, palavras  pesadas, fortes.
Palavras doloridas,  palavras depressivas. Toda uma vida, se resume em palavras, frases não concluídas, no meu português ruim.

Lamento,  palavra que pede desculpa...

Palavras duras, destrõem o amor.  Meu amor  foi-se por entre meus dedos, num segundo após a explosão. Foram tantas guerras, algumas frias, tanques e canhões.  Eu matei meu amor...

Um amor que não soube sentir, amor que não soube me amar. Era uma forma de se amar?

Só vim aqui para lhe dizer... Aquela dor já  passou...

O Sol  brilha me levando, navegando nos mares nipônicos,  eu e você,  navegando entre haicais, Basho, poesias  e sais.
Eu e você  entre ferragens, metais, pára-choques, peões iludidos.
Fodidos proletários, que se perdem  em ondas de  ideologia, objetivos e amores.

Nós corremos pra trabalhar, acordamos para trabalhar, não temos tempo de sermos  eu e você e nem nós. Só queria a liberdade  em outro lugar. E tempo para ser eu...e ver você  sendo você.

O Sol  deita e levanta,  nos faz companhia... Amanhã é logo ali.

Só vim aqui para lhe dizer.. Aquela dor já passou
Vim aqui para me deixar amar.

Agora sem palavras, apenas amar..