Se quer saber de mim,
pergunte a um Serafim.
Talvez ele diga que estou dançando
no jardim —
E nem aí para você.
Vi você me espionando
com seu telescópio minúsculo.
Quem sabe… me admirando?
Ofereci-lhe uma flor,
mas você trouxe o terror.
E do outro lado da cerca,
um espinho traidor —
sem dó nem pudor —
rasgou sua carne.
Caiu então uma chuva fina,
não pra consolar,
mas pra limpar, sem rima —
os rastros frios do seu olhar