Para:
Geraldo Casarotto, (✝️)
Joana Casarotto,
Maria Lupion Silva Novo,(✝️)
Lúcia Rodrigues,
Celina Figueiredo e
Lucas Eduardo L. Ortega wada
Almas Generosas
Ainda hoje, entre os passos apressados das cidades e os silêncios profundos dos campos, existem essas almas generosas.
São como fontes invisíveis de esperança, silenciosas, mas vitais.
Elas acolhem sem perguntas, escutam sem pressa, estendem a mão sem calcular a distância.
Não buscam mérito, aplauso ou memória.
Fazem o bem como as flores desabrocham: apenas porque é da sua essência fazê-lo.
Muitas vezes, passam despercebidas, como o orvalho que nutre a terra durante a madrugada.
Outras vezes, brilham como uma luz inesperada no meio da noite escura.
Tendo cruzado, com paciência e fé, seus próprios desertos de dor e esperança, tornam-se ponte para os que vêm atrás.
Sabem que a travessia da existência é feita de muitas quedas e muitos recomeços.
Por isso, oferecem palavras, abraços, gestos — ou apenas sua silenciosa presença — que sustentam o espírito de quem quase já não crê.
Essas almas lembram que, mesmo num mundo de correria, há ainda quem aja por puro amor.
Elas são a Primavera que nunca termina — sementes do Céu espalhadas entre nós.