Borboletas
No silêncio que mora em mim,
há um jardim que ninguém vê.
E nele, borboletas —
de cores que nem sei dizer —
despertam ao menor sopro de sonho.
Voam leves,
com asas feitas de lembrança,
de esperança,
de tudo o que um dia me tocou
e depois partiu.
Quando a tristeza vem,
elas dançam devagar,
como se dissessem:
“Calma…
a dor também ensina a voar.”
Em dias de sol, são festa.
Em noites de sombra, farol.
Trazem comigo histórias,
promessas de recomeço,
e o dom da transformação.
Porque dentro do meu peito,
a vida não para de bater asas
Sônia Lupion Ortega Wada