para que eu possa me ouvir nessa manhã,
quando o céu se despe em silêncio
e cada gota me traduz.
Deixe-me escorrer pelas folhas,
recolher os murmúrios que guardei,
lavar as memórias que pesam,
regar a coragem que plantei.
Que a chuva me diga meu nome,
sussurrado no vidro da janela,
e que eu me reconheça,
enfim, inteira e singela.
E, nos dias de chuva,
não esquecer: eu sou Sol.
By Sônia