Sônia Lupion Ortega Wada
“Coragem é agir com o coração.”
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Geração Em Silêncio.


Uma geração que sente falta, mas não procura. Uma geração que, no silêncio de seus corações, guarda desejos não expressos e saudades não ditas. O mundo gira ao redor, apressado, mas eles ficam, como se o tempo não fosse mais que um pano que se arrasta, imperceptível. Têm nas mãos os sonhos, os amores, as oportunidades, mas nem sempre sabem o que fazer com eles. O que lhes escapa é o simples ato de valorizar. O que poderia brilhar diante de seus olhos acaba se tornando algo comum, algo que, por não ser buscado com a intensidade necessária, se perde.

 

Gostam, mas não demonstram. Sentem o peso da afeição, mas não a libertam. As palavras ficam presas, os gestos ficam suspensos, como estrelas em um céu nublado. Olham para as pessoas, para o mundo, e desejam. Mas a vida, que é feita de atos, espera mais. Espera que toquem, que se aproximem, que sejam presentes de forma mais tangível. Não é o amor que falta, mas a coragem de demonstrá-lo, a audácia de revelar o que mora no fundo da alma.

 

E, então, pisam na bola. Erram, falham, como todos nós fazemos, mas, talvez, se esqueçam de pedir desculpas. Talvez, no turbilhão da vida, se sintam tão distantes do que realmente importa que se perdem no orgulho, na apatia, no medo de parecer vulneráveis. Mas, no fundo, são como todos: precisam de perdão, precisam de acolhimento. A vida nos ensina que pedir desculpas é um dos maiores gestos de coragem e humanidade.

 

E, ao final, é isso que resta: a lembrança de que, mesmo com tantas falhas, sempre podemos tentar de novo. Que, mesmo quando falhamos em demonstrar, ainda temos tempo para aprender a valorizar o que está ao nosso redor. Que, mesmo quando não nos desculpamos, podemos encontrar a força para fazer o que é certo. Porque, no final das contas, a vida é sobre esses momentos de reconstrução, de percepção e de, finalmente, reconhecer a beleza do que é simples, mas profundo.

 

E é assim que seguimos, com as mãos cheias de possibilidades, os corações cheios de sentimentos, e, talvez, a lição mais importante: aprender a ser e a agir com mais amor.

 

 

Sonia Lupion Ortega Wada
Enviado por Sonia Lupion Ortega Wada em 08/05/2025
Alterado em 08/05/2025
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