A Mulher que o Mundo Esqueceu
Dedicado à Lúcia Rodrigues — a mulher que caminha comigo há 17 anos, responsável por grandes virtudes e fé que hoje fazem parte de mim.
E a Mai Lupion Ortega Wada — minha nora e mãe das minhas netas, essa mulher de alma simples, coração firme e mãos cheias de amor.
Mai é a doçura que educa, a disciplina que acolhe,
a coragem que cuida com leveza.
Juntas, construímos uma família.
E sim, nós duas amamos o mesmo homem —
com a mesma paixão, com o mesmo respeito —
e isso, nos uniu para sempre.
A mulher de hoje corre.
Corre tanto que se perde de si mesma.
Vive estressada, pressionada, exigida por todos os lados — e por dentro, vazia.
Tornou-se agressiva, competitiva, desconfiada.
Desaprendeu a sorrir com o coração e a acolher com os olhos.
Ela já não tem tempo para silêncios suaves, nem para histórias contadas à beira da cama.
Seus filhos a veem sempre ocupada — mas raramente presente.
Em muitos lares, Deus foi deixado do lado de fora.
E onde antes havia oração, há agora notificações.
Onde havia canto, há gritos.
Onde havia mesa posta, há pressa.
A mulher moderna se afastou da ternura.
Troca afeto por eficiência, presença por produtividade.
Mas o mundo não precisa de máquinas perfeitas.
Precisa de mães benditas.
Precisa de mulheres virtuosas.
Mulheres de fé, que plantem paz dentro de casa e deixem pegadas de esperança onde passarem.
É hora de voltar.
Voltar à essência.
Resgatar a doçura, o olhar compassivo, o abraço que cura.
É hora de reconectar-se com o sagrado, com a simplicidade, com a maternidade espiritual que toda mulher carrega — sendo mãe de filhos, de ideias, de gestos.
Este é um chamado — não para que sejamos menos,
mas para que sejamos mais do que esperam de nós.
Mais sensíveis, mais profundas, mais comprometidas com a beleza da alma.
Que sejamos construtoras de pontes e não de muros.
Que sejamos aquelas que levantam, que oram, que ouvem, que acolhem.
Resgatar a ternura não é fraqueza — é coragem.
Viver com virtude é revolucionar.
Ser mulher de Deus é transformar o mundo a partir de dentro.
Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa de nós.
Não como eco do que se espera —
mas como semente viva do que ele pode vir a ser.