Diálogos entre Almas - Poemas de Jacó Filho e respostas de Sônia.
Poemas que Jacó Filho deixou nos comentários de outros poemas meus.
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O AMOR NO CORAÇÃO
Jacó Filho
Pro coração ser um berço,
Do grande amor verdadeiro,
Temos que, desd’o começo,
Nos entregarmos inteiros.
Assim ninguém sai perdendo,
Já que o amor está crescendo,
Com sua luz, nome e endereço…
Como nos orienta o Oleiro,
Pro coração ser um berço,
Do grande amor verdadeiro…
AMOR QUE SE RECONHECE
Sônia
Se o amor mora em ternura,
No gesto calmo e certeiro,
Floresce com brandura
No olhar mais verdadeiro.
Quando o coração é aberto,
O sentir fica mais certo,
E o bem chega por inteiro…
É do Céu que vem a cura,
Se o amor mora em ternura
No gesto calmo e certeiro.
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DO ÁTOMO AO ASTRO
Jacó Filho
Sob leis imutáveis, divinas, e eternas…
Existimos nos cosmos, e como iguais…
No micro e macro, cópias estruturais,
Fazem-nos deuses em fases diversas…
Tais partes do todo, no amor regidos,
Erguemo-nos de blocos ao individual…
Mas desde a centelha um ser imortal,
Que desce à terra pra voltar evoluído…
Colhendo experiência de vidas e fora,
Galgamos nos reinos, o grau humano…
Quarta raça raiz, em razão, brotando…
Ter corpo e espírito que ainda ignora.
Portar deus em si, nos leva a enganos,
Como buscar fora a luz que louvamos…
DA LUZ QUE HABITA
Sônia
Do pó estelar somos feitos e em fogo gerados,
Centelhas errantes com rumo marcado.
Da vida colhemos saber e mistério,
Do amor recebemos o selo etéreo.
Buscamos nos céus o que vibra no peito,
Pois o templo do cosmos é o próprio sujeito.
Cada átomo pulsa o astro que clama:
“Descobre-te em ti, pois em ti há chama.”
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DESCONEXÃO CONSCIENTE
Jacó Filho
Com cuidado estou me desconectando,
De tudo que tem validade curta,
Pois o lado espiritual, priorizando,
Minha alma, de bens materiais, se furta…
Longe das hipocrisias,
Quero aproveitar meus dias,
À casa do Pai, voltando…
Assim, enquanto a arte me ocupa,
Com cuidado estou me desconectando,
De tudo que tem validade curta…
RECONEXÃO SAGRADA
Sônia
Enquanto a alma, em silêncio, vai cantando,
Solto os excessos que a matéria oculta.
Com gratidão, vou me desapegando
Do que não cura, do que não escuta…
A arte me eleva em prece sentida,
E a luz me guia de volta à vida,
No som do amor me afinando…
Pois só o eterno faz minha alma enxuta,
Enquanto a alma, em silêncio, vai cantando,
Solto os excessos que a matéria oculta.
Foi uma honra compor esse diálogo poético com você Mestre Jacó Filho — ficou realmente cheio de luz e harmonia.
