Ao ver uma flor tão bela como essa — com suas pétalas azul-violeta banhadas pela luz dourada do entardecer — sinto um silêncio cheio de reverência. Ela não apenas floresce: sussurra. Como se guardasse os mistérios antigos da natureza, aqueles que o tempo, distraído, esqueceu de contar. Há algo de sagrado nesse contraste entre a delicadeza da flor e a força serena do sol que se despede no horizonte.
E então, como se viesse de algum canto suave da alma, escuto um sussurro poético:
O que sinto ao ver flor tão bela?
Sinto que o mundo ainda guarda poesia,
mesmo nos dias em que me falha a fé.
Sinto que a beleza resiste, mesmo em silêncio,
e que há um gesto de Deus
em cada dobra suave de uma pétala.