Não é rua de festa o meu coração.
É abrigo raro, onde a alma repousa
depois da tempestade.
É chão sagrado,
onde só pisa quem chega com ternura nos pés
e verdade no olhar.
Meu coração não suporta passos vazios,
nem promessas que se desfazem com o vento.
Ele é casa de afeto
e só se abre para quem chega inteiro,
com as mãos limpas de intenções
e o peito desarmado.
Porque amar é permitir
que o outro caminhe dentro de nós,
mas não como quem passeia.
É como quem planta —
e fica para cuidar da flor.