Para Lígia - Minha irmã querida.
Fotografia de Maria Lígia Lupion Ortega - Rio de Janeiro - Meyer 14/05/2025 .
O Rio dorme, mas não apaga sua luz.
Debaixo da lua cheia, a cidade se estende como um corpo sonhando —
morros salpicados de estrelas elétricas,
prédios quietos guardando histórias de dentro,
palmeiras solitárias que ainda dançam com o vento da noite.
No céu, a lua parece mais próxima do que nunca,
como se descesse só para beijar os telhados,
banhar as calçadas,
e acariciar com prata as cicatrizes da cidade.
É o Rio — inquieto, encantado, eterno.
Mesmo em silêncio, ele canta.
Mesmo no escuro, ele brilha.
E quem tem olhos de poeta ou coração de saudade
sabe que há magia nessas noites em que o céu se deita sobre a cidade
e o luar vira promessa:
de paz, de beleza,
e de um amanhã que sempre nasce com sol sobre o mar.
Texto de Sônia
(Inspirado em uma noite real sob o luar carioca, 2025)