Sônia Lupion Ortega Wada
“Coragem é agir com o coração.”
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Recanto das Letras:

palavra, resistência e alma

 

Faço parte do Recanto das Letras há 18 anos. Nesse tempo, vivi e vi crescer muitas histórias — não apenas nas páginas, mas nas amizades verdadeiras que nasceram desse encontro de palavras. Também perdi poetas queridos que partiram, deixando uma saudade imensa e um legado de versos e afeto que continuam vivos entre nós. Esses verdadeiros amigos permanecem na memória e no coração do Recanto.

 

O Recanto não é apenas um site de publicação: é um abrigo, uma oficina onde o verbo se molda, às vezes imperfeito, às vezes brilhante, mas sempre vivo e pulsante.

 

Em um mundo que valoriza a rapidez, o imediatismo das curtidas e a exposição constante, o Recanto resiste. Aqui, o ritmo é diferente: mais rascunho do que vitrine, mais espelho do que vitral. É um espaço para quem escreve não só para ser lido, mas para existir — para tirar da alma o que não cabe no silêncio.

 

É verdade que entre tantos textos há aqueles mais frágeis, impulsivos, desabafos que também são terapia. Nem toda poesia nasce bela — algumas simplesmente nascem porque o coração precisava se esvaziar para respirar. E isso, por si só, já é um ato de coragem.

 

Mas o Recanto valoriza também a busca pela lapidação, pelo cuidado com cada frase, pela construção consciente da palavra. Escrever exige pausa, dor e trabalho. O impulso inicial é vital, mas precisa conviver com o rigor e o olhar atento.

 

Assim, o Recanto das Letras revela sua maior riqueza: a convivência harmoniosa entre rigor e liberdade, entre pressa e silêncio, entre fragilidade e força. É um lugar onde o gesto de escrever é entrega e resistência, processo e encontro.

 

Ao longo dos anos, o Recanto tornou-se palco de aprendizagens coletivas e partilhas sinceras, de respeito à palavra que cura e transforma. Aqui, autores se apoiam, crescem, e encontram companhia mesmo na solidão da escrita.

 

Seguir neste espaço é caminhar com olhos abertos e ternura, acolhendo o que nasce imperfeito e celebrando o que floresce em cuidado. Porque, afinal, é na palavra viva e pulsante que encontramos a verdadeira presença.

Sonia Lupion Ortega Wada
Enviado por Sonia Lupion Ortega Wada em 24/05/2025
Alterado em 24/05/2025
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