Quando azul me abraça,
o mundo desacelera.
O tempo escorre em silêncio,
como se o céu me esperasse.
Não é só cor —
é memória e mistério.
É o sopro leve de um consolo antigo,
um afago que vem sem aviso.
Quando azul me abraça,
minhas dores se recolhem,
e a alma respira fundo.
É como rezar sem palavras.
Azul me veste de esperança,
me cobre com o manto da calma,
e por um instante,
sou abrigo e sou abrigo.