Sônia Lupion Ortega Wada
“Coragem é agir com o coração.”
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Mulher-Cavalo

 

 

Capítulo 5 – A Dança dos Instintos

 

Há um ritmo antigo dentro de mim,

uma batida que não se aprende, só se escuta —

como o tambor que chama a tribo ao redor da fogueira.

 

Meus instintos são ancestrais,

vibram como cordas de arco que tensionam e soltam,

como os cascos que marcam terra e tempo.

 

Eles dançam comigo,

não como caprichos passageiros,

mas como forças que me guiam

quando a razão se cala e o corpo fala.

 

Dançar com os instintos é perder o medo do que não se vê.

É confiar no impulso, na intuição, no chamado do invisível.

É saber que nem toda direção precisa ser explicada —

às vezes, basta seguir o passo,

e deixar que o coração dite a coreografia.

 

No galope da vida, há momentos de fúria e de leveza,

de soltar crinas ao vento e de curvar a cabeça para ouvir a terra.

A dança é essa: um equilíbrio entre o selvagem e o sábio,

entre o que se deixa correr e o que se contém.

 

Quando me entrego a essa dança,

sinto minha alma inteira —

como um cavalo que corre livre,

sem medo do horizonte que sempre chama.

 

E mesmo na tempestade,

meus instintos sabem onde está a luz,

onde está o passo seguro.

 

A dança dos instintos é meu rito sagrado.

É nela que me encontro e me perco,

que me deixo ser Mulher-Cavalo —

indomável, viva, completa.

Sonia Lupion Ortega Wada
Enviado por Sonia Lupion Ortega Wada em 26/05/2025
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