Poema simbólico sobre a Carruagem da Alma
Vi uma carruagem dourada. Não havia som. Só luz. Ela parou diante de mim, mas não abriu as portas.
Senti que ainda não era hora de embarcar. Era uma lembrança, não uma partida.
Talvez eu esteja sendo preparada para guiar, não para fugir.
✨ “Que minha alma saiba quando entrar, quando parar, quando confiar.”
Carruagem Silenciosa
Há uma carruagem que surge entre véus,
puxada por seis — às vezes mais — cavalos de sombra e luz.
Não toca o chão: flutua, voa,
como se o céu tivesse caminhos secretos
só para quem sabe sonhar.
Vejo-a atravessar horizontes com outros rostos a bordo,
almas viajantes como eu —
algumas serenas, outras em espera.
O cocheiro não fala, mas seus olhos ardem
com a pressa de quem conhece mil destinos.
Às vezes, ele conduz com tamanha velocidade
que o tempo parece desabar,
e somos todas faíscas no rastro do invisível.
Ela não vem só para mim —
mas quando me encontra,
não é para levar-me embora.
É para lembrar que existe uma estrada
que começa dentro de mim,
feita de silêncio, fogo e entrega.
Sou passageira e vigia,
rainha e criança,
lembrança de algo que está por vir.