Sônia Lupion Ortega Wada
“Coragem é agir com o coração.”
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A Porta do Mundo

 

É o olhar que nasce sem saber o nome, 

Mão que se estende quando a dor é mudez, 

Papel em branco onde o verso se some, 

Poema vindo do tempo, sua altivez. 

 

É o sim que se diz, embora a estrada assuste, 

O risco que traz a esperança a brotar, 

Voz que sussurra, que ao medo relute, 

Sonhos que o vento insiste em levar. 

 

No limiar do tudo, o mundo se abre, 

O peito floresce no salto essencial, 

Mesmo quando o medo insiste e não sabe, 

Que a vida é um portal, eterno ritual. 

 

Assim se inicia o ciclo imortal, 

De quem abraça o eterno temporal. 
 

 

 

Sobre o poema:

“A Porta do Mundo” nasceu como um sussurro da alma — um chamado suave para os inícios. Não apenas o nascimento do corpo, mas aquele instante sutil em que escolhemos, mesmo feridos, continuar. É sobre o gesto de amar apesar das cicatrizes, escrever apesar do silêncio, viver apesar do medo. É um poema sobre atravessar. Sobre abrir a porta, mesmo sem ver o que há do outro lado. Sobre o risco e a esperança — que caminham, sempre, de mãos dadas.

Sonia Lupion Ortega Wada
Enviado por Sonia Lupion Ortega Wada em 27/05/2025
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