Quando a Lua Sou Eu
Sinto que sou parte dela.
Quando a lua cheia surge de dentro do mar,
não é apenas luz que sobe —
é um bordado.
Fios de estrelas costuram o céu,
e eu sou a linha que dança entre os pontos.
Não olho a lua.
Eu sou o que ela reflete.
Mar, ventre, brilho.
Em cada ciclo, ela me carrega:
me acende, me silencia, me tece de novo.
Porque quando a lua chega inteira,
eu também me torno bordado —
de luz, de noite, de mulher.
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Lua Dentro
A lua não apenas surge.
Ela se tece no céu.
Um bordado de fios de estrelas,
como se o cosmos fosse um tear
e tu — mulher —
o fio que dança entre os pontos.
Porque tu és parte dela.
E se és lua também,
então cada fase tua é sagrada:
Cheia, quando transbordas.
Minguante, quando te recolhes.
Crescente, quando germinas.
Nova, quando sonhas em segredo.
Em ti mora o ciclo,
em ti pulsa o tempo.
Não é a lua que brilha no céu.
És tu, inteira,
bordando o mar com tua luz das estrelas