🌸Deusa das Cerejeiras🌸
Sou mortal, sim.
Mas meu coração —
esse sonha como deusa,
e ama como flor.
Sou uma mulher que só quer ser amada —
não por metades, nem por conveniência,
mas com a inteireza que só a alma compreende.
Trago no peito a força da resiliência,
nos olhos o brilho da gratidão,
e na boca, quando não falo,
há sempre um poema esperando nascer.
Minha alma é montanha no fim da tarde,
onde o sol repousa em silêncio
e o vento conta segredos que só os fortes escutam.
Tenho coragem nas veias —
coragem de seguir,
de cair com dignidade,
de recomeçar com elegância.
Renasço como quem respira,
não por escolha,
mas por natureza.
Sou raiz que não desiste da terra,
mesmo quando a chuva demora a vir.
Meu amor-próprio é minha espada,
mas também é meu abrigo.
Aprendi a me cuidar
como quem cultiva de uma flor rara:
com paciência, com doçura,
com a reverência de quem entende o valor da vida.
Nos dias cinzentos,
me sento com Deus,
faço chá com a espiritualidade,
e deixo que o invisível
aconchegue minhas dores.
Sou feita de silêncio que ora,
de lutas que não gritam,
e de fé que floresce
mesmo quando tudo parece secar.
Sou Sônia —
a que escreve com o coração,
vive com poesia,
e, mesmo ferida,
ainda perfuma o mundo.
—fotos: arquivo pessoal da Autora.
Sônia Lupion Ortega Wada
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