Sônia Lupion Ortega Wada
“Coragem é agir com o coração.”
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Conversando Sobre Sexo

 

 

Sônia Lupion Ortega Wada

 

Hoje resolvi falar sobre sexo, porque o assunto ainda é tabu. As pessoas se preservam, evitam falar sobre isso.

 

Mas por que não falar, se todos fazem, se todos gostam?

 

Gosto de sexo desde que me descobri um ser sexual. Gosto do ato, gosto de descrevê-lo, gosto de vê-lo. Gosto dele, enfim.

 

Não sou a única, nem uma das poucas. Mulher gosta tanto de sexo quanto homem. E gosta de falar sobre como qualquer homem. O que nos difere é a cultura — essa cultura de falso moralismo sob a qual a maioria de nós foi criada.

 

Dia desses, li algo numa pesquisa: ficou constatado que a mulher brasileira é extremamente conservadora em relação ao sexo. Se fosse no Japão, eu acreditaria. Por aqui, sexo é obrigação. A maioria das mulheres faz sexo apenas uma vez por mês. É comum o casal dormir em camas separadas. As mulheres com mais de quarenta anos tornam-se celibatárias.

 

Voltando ao Brasil, isso foi tão surpreendente pra mim… Tudo bem, o Brasil está longe de ser uma Suécia, mas dizer que a mulher brasileira prefere o papai-mamãe me parece coisa de outro mundo.

 

Como acreditar que, num país tropical, onde a exposição do corpo é tão ou maior que em tantos outros lugares, onde a mulher exercita o erotismo até mesmo quando caminha, ainda se viva o sexo como um ato reprodutivo tão-somente?

 

Nascemos com um potencial para o prazer — que pode ser inibido ou estimulado pela sociedade, pela família e pela religião.

 

O prazer sexual é para ambos os sexos, do ponto de vista biológico. Porém, socialmente, é cobrada da mulher uma postura celibatária, sob pena de ser considerada libertina ou impura para o papel de esposa. Acaba se sentindo manobrada para uma postura recatada e até mesmo fria diante do sexo.

 

Essa atitude sexual contida gera dificuldades de expressão dos sentimentos, infelicidade — e até mesmo infidelidade.

 

Infelizmente, a grande maioria se deixa influenciar pela religião. E enquanto pensarem que tudo é pecado, privam-se do prazer.

 

Ainda bem que hoje tudo pode acabar no divã. Existem terapias maravilhosas, que inserem as pessoas no mundo sexual. Elas passam a viver uma sexualidade mais prazerosa e feliz.

 

Seja como for, repito: adoro sexo!

 

Não me prendo a conceitos ou preconceitos. Gosto de ousar, de explorar meus limites. Detesto falsos moralismos e o machismo inserido no discurso feminista que nega a sedução e a realização da mulher também através do sexo.

 

E se ainda houver quem torça o nariz, paciência. Eu sigo aqui, descobrindo o mundo — com afeto, liberdade… e uma boa dose de prazer.

 

Porque no fundo, entre lençóis ou entre risos, o que vale mesmo é não perder o bom humor.

Sonia Lupion Ortega Wada
Enviado por Sonia Lupion Ortega Wada em 11/06/2025
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