Sônia Lupion Ortega Wada
“Coragem é agir com o coração.”
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Prefácio

 

por Sônia Lupion Ortega Wada —Flor de Cereja 🌸

 

 

Vivemos uma era em que o cansaço é coletivo, e a alma, dispersa. Buscamos respostas nas técnicas, nos diagnósticos, nas lógicas do mundo — mas muitas vezes é no mistério que mora o sentido.

 

Este ensaio, de título preciso e ousado — A Energia da Cura: Ensaio sobre a Luz que Reordena o Caos — não é apenas uma reflexão espiritual. É um mapa de integração profunda entre tradições milenares e sabedorias do presente. Um texto que atravessa as religiões, os sistemas filosóficos, as práticas energéticas e os arquétipos universais, convocando o leitor a lembrar de si. A descer ao abismo e emergir com luz nas mãos.

 

 Sônia Lupion Ortega Wada escreve com a delicadeza de quem já passou pelas dores que descreve, e com a lucidez de quem reconheceu a luz no meio delas. Suas palavras não são consolo superficial. São chave e caminho — entre o corpo que sofre e a alma que desperta.

 

Com referências que vão de Carl Jung aos Mestres Ascensos, de Buda a Jesus, de Simone Weil ao Dalai Lama, este texto não escolhe uma crença — escolhe o coração como centro da cura.

 

Mais que um ensaio, esta leitura é um ritual. Um gesto de reconexão entre céu e terra, entre o visível e o invisível, entre o humano e o divino.

 

Que ao abrir estas páginas, você sinta também a brisa suave da transformação.

Que cada palavra acenda em você a lembrança do que cura de verdade:

o silêncio, o amor, a fé que sustenta, e a luz que nunca se apaga.

 

 

 

 

 

 

A Energia da Cura e a Arquitetura Invisível da Existência

por Sônia Lupion Ortega Wada

 

No centro da experiência humana, entre o nascimento e a morte, pulsa uma força silenciosa que não se submete aos métodos tradicionais da ciência, mas também não se opõe a ela: a energia da cura. Essa energia não pertence a uma religião, a um credo ou a uma técnica, mas a uma inteligência cósmica que nos atravessa e sustenta. Intuir sua existência é uma forma de sabedoria. Compreendê-la, um chamado de alma.

 

No Japão, o jhorei ensina que a luz espiritual pode ser transmitida de uma pessoa a outra pela imposição das mãos, limpando as nuvens espirituais acumuladas ao longo da vida. Mokichi Okada, fundador da Igreja Messiânica, dizia:

 

“A verdadeira salvação é a elevação da alma por meio da Luz de Deus.”

 

No reiki, essa mesma luz é chamada de “energia vital universal” — rei-ki — e se oferece como um bálsamo para corpo, mente e espírito. Mikao Usui, seu fundador, dizia com clareza:

 

“Só por hoje, não se zangue, não se preocupe, seja grato, trabalhe com diligência e seja gentil com os outros.”

 

Ambas as práticas nos recordam algo essencial: somos canais, não fontes. O curador verdadeiro não é quem impõe, mas quem permite.

 

A radiestesia, por sua vez, revela o campo vibracional de tudo o que existe — uma linguagem energética que antecede as palavras. Tudo vibra, como ensina a terceira lei hermética, a Lei da Vibração:

 

“Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.”

— O Caibalion

 

Nikola Tesla é uma peça fundamental quando falamos da energia como base do universo, da cura vibracional e da conexão com o invisível. Ele não só antecipou visões da física moderna, mas também intuía a linguagem da alma em frequência, vibração e ressonância, o que dialoga diretamente com o Reiki, a radiestesia, o relógio cósmico, os mestres ascensos e até com a psicologia arquetípica de Jung.

 

Como afirmou Nikola Tesla, visionário e precursor de uma ciência espiritualizada:

 

“Se quiser encontrar os segredos do universo, pense em termos de energia, frequência e vibração.”

 

Tesla enxergava o mundo como uma grande rede sutil de forças interligadas, onde o visível era apenas a ponta do iceberg da realidade. Sua compreensão de que tudo vibra, tudo pulsa — do som ao pensamento, da matéria à oração — ecoa nos fundamentos do Reiki, da radiestesia, dos chakras, da música dos astros e das doze hierarquias solares que, segundo os mestres ascensos, irradiam luz para despertar a consciência terrestre.

 

A física que Tesla sonhou não era apenas medida: era sentida. Ele pressentiu que a energia poderia curar, que o universo não é composto por coisas, mas por movimento, intenção e harmonia. Nesse sentido, Tesla não apenas pertence ao campo da ciência — ele habita também o terreno dos místicos.

 

Carl Gustav Jung compreendeu isso como poucos no Ocidente. Em sua busca pela unificação do inconsciente com a consciência, ele nos lembra que:

 

“A cura vem do encontro com o inconsciente, não da fuga dele.”

 

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”

 

Seus estudos sobre o arquétipo do curador ferido nos alertam que aquele que não reconhece a própria dor se torna perigoso — para si e para os outros.

 

No budismo, a cura começa pelo despertar. Siddhartha Gautama deixou um palácio de ilusões para encontrar a verdade no sofrimento — não para negá-lo, mas para transformá-lo. O Dhammapada nos oferece a primeira verdade:

 

“Todos os estados mentais têm a mente como seu precursor, a mente como seu líder, a mente como seu criador.”

 

“Assim como uma vela não brilha sem fogo, o homem não pode viver sem uma vida espiritual.”

— Buda

 

O xintoísmo, cosmovisão espiritual que molda a alma do Japão, nos oferece outra lição: cada pedra, cada vento, cada memória guarda o espírito dos kami — divindades que não habitam um céu distante, mas o mundo sensível. Purificar o coração (harae) é o primeiro passo para que o corpo também se cure.

 

A energia da cura, nesse contexto, é uma reorganização da harmonia cósmica dentro de nós. As Leis Cósmicas, ensinadas por escolas esotéricas e pelas tradições universais, lembram que a energia segue o pensamento. Na formulação moderna da psicossíntese espiritual:

 

“Onde o foco vai, a energia flui. Onde a energia flui, a vida se transforma.”

 

O Relógio Cósmico, como ensinado por Elizabeth Clare Prophet na tradição dos Mestres Ascensos, indica que há momentos cármicos e espirituais definidos para transmutação, sob os doze raios da evolução. Como ela ensinou:

 

“A Lei do Ciclo é inviolável: tudo retorna à origem. Mas ao elevar a vibração do ser, mudamos a natureza do retorno.”

 

Cada hora do Relógio corresponde a uma qualidade divina — pureza, liberdade, iluminação, amor divino — que pode ser invocada com consciência.

 

A Senda Única, conceito que perpassa todas as tradições, não é um caminho estreito, mas uma convergência. Todos os nomes dados à divindade — Buda, Cristo, Krishna, Olorum, Mahavairocana — são espelhos do mesmo princípio: o Amor-Conhecimento. E todos os Mestres Ascensos — Saint Germain, Kwan Yin, Hilarion, El Morya, Seraphis Bey — oferecem, a partir de sua esfera solar, dispensações de luz para os que pedem com sinceridade.

 

Kwan Yin, a mestra da compaixão, ensina:

 

“A compaixão cura mais do que qualquer remédio, porque toca o coração da dor.”

 

Saint Germain, portador da Chama Violeta da transmutação, revela:

 

“A alquimia da alma é possível quando se ama o que ainda está em processo.”

 

E Jung, ao seu modo, confirma essa verdade ao afirmar:

 

“Aquilo que negamos nos subjuga. Aquilo que aceitamos nos transforma.”

 

Vivemos tempos em que adoecer é quase rotina, e a fé, muitas vezes, é confundida com superstição ou anestesia. No entanto, a fé verdadeira é ousada. Ela se ancora em algo maior que o visível, mas não recusa a razão. Na união entre ciência e espírito, entre psicologia e transcendência, começa uma nova medicina — aquela que respeita o ser humano como unidade complexa de matéria, energia, emoção e alma.

 

A energia da cura, nesse século, será aquela que integra. O fragmentado adoece. O integrado, floresce. Não há mais tempo para dicotomias artificiais entre espiritualidade e saúde, entre corpo e alma, entre conhecimento e experiência. Curar-se é integrar-se. E integrar-se é, enfim, reconhecer que o Todo já nos habita.

 

Quem cura é a consciência.

E o que salva é o encontro.

 

🌸

Sônia-Flor de Cerejeira

Sônia Lupion Ortega Wada

Sonia Lupion Ortega Wada
Enviado por Sonia Lupion Ortega Wada em 12/06/2025
Alterado em 12/06/2025
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