Sônia Lupion Ortega Wada
“Coragem é agir com o coração.”
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26/05/2025 02h15
A Dança dos Instintos

 

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Capítulo 5 — A Dança dos Instintos

 

 

Categoria: Prosa poética / Diário

Descrição:

Capítulo 5 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um mergulho no corpo como sabedoria ancestral.

Mais em: https://sonialowada.com

 

Texto:

 

O corpo do cavalo dança.

Não há gesto em vão —

tudo nele é escuta, alerta, resposta.

 

Eu também sou assim.

Meu corpo sente antes da mente.

Ele recua quando o ambiente fere.

Ele vibra quando algo é verdadeiro.

 

A dança dos instintos é sutil:

é uma linguagem de dentro,

onde o sim e o não se revelam na pele,

no cheiro, na pulsação.

 

Mulheres-cavalo sabem:

não se negocia com o que faz mal.

Não se força o passo quando a alma trava.

 

Há um saber antigo no pescoço que arrepia,

nas pernas que estremecem,

no coração que dispara sem razão aparente.

 

Tudo é sinal.

Tudo é sabedoria se escutamos com coragem.

 

O corpo é bússola.

E ele jamais mente.

Publicado por Sonia Lupion Ortega Wada
em 26/05/2025 às 02h15
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
26/05/2025 02h08
Nem Rédea, Nem Jaula

 

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Capítulo 4 — Nem Rédea, Nem Jaula

 

 

Categoria: Prosa poética / Diário

Descrição:

Capítulo 4 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um manifesto da liberdade interior.

Mais em: https://sonialowada.com

 

Não nasci para ser domada.

Nem para ficar no mesmo pasto, repetindo passos.

 

Meu espírito não entende grades,

minha essência se desfaz nas rédeas.

 

Sou mulher-cavalo:

meu instinto é altar.

Meu caminho, ritual.

 

Tentaram me prender em rótulos, padrões e silêncios.

Mas minha alma sempre encontrou uma fresta.

 

Quando me chamam de difícil,

estou apenas sendo fiel a mim.

Quando me dizem teimosa,

estou apenas ouvindo meu coração.

 

Cada galope meu é escolha.

Cada parada, um ato de sabedoria.

 

Não vim agradar olhos alheios.

Vim ser inteira.

 

Nem rédea, nem jaula.

Eu sou do vento.

Publicado por Sonia Lupion Ortega Wada
em 26/05/2025 às 02h08
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26/05/2025 01h56
Guardiã dos Véus

 

 

 

 

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Capítulo 3 — Guardiã dos Véus

 

 

Categoria: Prosa poética / Diário

Descrição:

Capítulo 3 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um encontro com a mulher instintiva, mediadora entre mundos.

Mais em: https://sonialowada.com

 

 

 

Eu sou como o cavalo:

indomável, teimosa, forte, complicada.

 

Tão intensa que às vezes me escondo,

tão sensível que pareço dura.

 

Minha alma sabe farejar o invisível.

Eu sinto antes de saber.

Sei antes de entender.

 

Como o cavalo, eu também vejo o que não se mostra.

Eu também me assusto com ruídos que ninguém escuta,

e pressinto caminhos que ainda não têm forma.

 

Não sou domesticável.

Não vim para caber.

Vim para correr por dentro do que é verdadeiro.

 

Há véus que só a mulher-cavalo atravessa.

Há dores que só ela pressente.

Há curas que só nascem em corpos que sabem galopear

com crina solta e olhos antigos.

 

Eu sou ponte e bússola.

Sou ventre e tempestade.

 

Sou filha do tempo e irmã do vento.

Sou aquela que galopa entre mundos —

e deixa rastros de silêncio no chão da alma.

Publicado por Sonia Lupion Ortega Wada
em 26/05/2025 às 01h56
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26/05/2025 01h47
Cavalo, Guardião dos Mistérios

 

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Capítulo 2 — Cavalo, Guardião dos Mistérios

 

 

Categoria: Prosa poética / Diário

Descrição:

Capítulo 2 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um mergulho na alma simbólica do cavalo como mensageiro entre mundos.

Mais em: https://sonialowada.com

 

 

 

Desde criança,

o cavalo me fascina com uma paixão que não cabe no peito.

Não é só beleza —

é um chamado.

Um sussurro da alma antiga que reconhece nele

o guardião do invisível.

 

Há algo de divino em seu galope.

Algo que não se explica,

mas se sente no silêncio entre dois mundos.

 

Os mestres o escolhem

porque ele sabe percorrer os caminhos que os olhos não veem.

Ele não apenas corre —

ele atravessa véus.

Leva mensagens entre planos.

Transporta orações sem palavras.

Seu corpo é ponte.

Seu espírito, bússola.

 

O cavalo dança entre o céu e a terra

como quem conhece os segredos do tempo.

Traz em si a liberdade primordial —

aquela que não se vende, não se prende,

apenas se contempla.

 

Olhar um cavalo é lembrar

que a alma tem crina,

tem cascos de luz,

e pode — se quiser —

galopar por dentro do eterno.

Publicado por Sonia Lupion Ortega Wada
em 26/05/2025 às 01h47
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
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26/05/2025 01h41
Fascínio Antigo

 

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Capítulo 1 — Fascínio Antigo

 

 

Categoria: Prosa poética / Diário

Descrição:

Capítulo 1 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um encontro lírico com a beleza selvagem que desperta memórias da alma.

Mais em: https://sonialowada.com

 

 

 

Quando vejo um cavalo,

é como se algo em mim despertasse.

Desde menina, ele me fascina —

esse ser que é força e liberdade,

complicado como o coração humano,

sentimental como quem já sofreu em silêncio,

leal como quem volta, mesmo depois da fuga.

 

A beleza…

ah, a beleza dos cavalos!

Ela não se explica,

ela atravessa.

 

É como o vento quente de verão

ou o toque da alma em estado de alvorada.

Eles são como o fogo correndo sobre a água,

como nessa imagem:

um mito em movimento,

um sonho que galopa dentro da gente.

Publicado por Sonia Lupion Ortega Wada
em 26/05/2025 às 01h41
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
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