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Capítulo 3 — Guardiã dos Véus
Categoria: Prosa poética / Diário
Descrição:
Capítulo 3 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um encontro com a mulher instintiva, mediadora entre mundos.
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Eu sou como o cavalo:
indomável, teimosa, forte, complicada.
Tão intensa que às vezes me escondo,
tão sensível que pareço dura.
Minha alma sabe farejar o invisível.
Eu sinto antes de saber.
Sei antes de entender.
Como o cavalo, eu também vejo o que não se mostra.
Eu também me assusto com ruídos que ninguém escuta,
e pressinto caminhos que ainda não têm forma.
Não sou domesticável.
Não vim para caber.
Vim para correr por dentro do que é verdadeiro.
Há véus que só a mulher-cavalo atravessa.
Há dores que só ela pressente.
Há curas que só nascem em corpos que sabem galopear
com crina solta e olhos antigos.
Eu sou ponte e bússola.
Sou ventre e tempestade.
Sou filha do tempo e irmã do vento.
Sou aquela que galopa entre mundos —
e deixa rastros de silêncio no chão da alma.
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Capítulo 2 — Cavalo, Guardião dos Mistérios
Categoria: Prosa poética / Diário
Descrição:
Capítulo 2 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um mergulho na alma simbólica do cavalo como mensageiro entre mundos.
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Desde criança,
o cavalo me fascina com uma paixão que não cabe no peito.
Não é só beleza —
é um chamado.
Um sussurro da alma antiga que reconhece nele
o guardião do invisível.
Há algo de divino em seu galope.
Algo que não se explica,
mas se sente no silêncio entre dois mundos.
Os mestres o escolhem
porque ele sabe percorrer os caminhos que os olhos não veem.
Ele não apenas corre —
ele atravessa véus.
Leva mensagens entre planos.
Transporta orações sem palavras.
Seu corpo é ponte.
Seu espírito, bússola.
O cavalo dança entre o céu e a terra
como quem conhece os segredos do tempo.
Traz em si a liberdade primordial —
aquela que não se vende, não se prende,
apenas se contempla.
Olhar um cavalo é lembrar
que a alma tem crina,
tem cascos de luz,
e pode — se quiser —
galopar por dentro do eterno.
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Capítulo 1 — Fascínio Antigo
Categoria: Prosa poética / Diário
Descrição:
Capítulo 1 do ciclo poético “Mulher-Cavalo”. Um encontro lírico com a beleza selvagem que desperta memórias da alma.
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Quando vejo um cavalo,
é como se algo em mim despertasse.
Desde menina, ele me fascina —
esse ser que é força e liberdade,
complicado como o coração humano,
sentimental como quem já sofreu em silêncio,
leal como quem volta, mesmo depois da fuga.
A beleza…
ah, a beleza dos cavalos!
Ela não se explica,
ela atravessa.
É como o vento quente de verão
ou o toque da alma em estado de alvorada.
Eles são como o fogo correndo sobre a água,
como nessa imagem:
um mito em movimento,
um sonho que galopa dentro da gente.
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Introdução — O Galope da Alma
Categoria: Prosa poética / Diário
Este texto integra o projeto “Mulher-Cavalo”, que será publicado como e-book gratuito ao final da jornada. Mais em: https://sonialowada.com
Desde a infância, os cavalos sempre foram mais que animais para mim. Eles são símbolos vivos de uma força ancestral, de uma liberdade que não se mede nem se explica.
O cavalo é, para mim, um espelho da alma — forte, sensível, indomável e cheio de mistérios. É uma presença que transcende o corpo físico e conecta o terreno ao invisível, o instinto à espiritualidade.
Neste ciclo poético, a Mulher-Cavalo nasce da fusão desses elementos: a intensidade do espírito selvagem, a sabedoria dos instintos e a busca profunda por autenticidade e liberdade.
É um convite para galopar por dentro do próprio ser, para escutar o ritmo oculto da alma, para reconhecer que, assim como o cavalo, carregamos em nós crinas de luz e cascos de destino.
Este livro é um pedaço da minha jornada — uma viagem através do simbolismo do cavalo que habita em cada mulher que conhece a força de ser inteira, sem medo do que pulsa no peito.
Que essas palavras possam ser vento nos seus cabelos e terra firme sob seus pés.
— Sônia Lupion Ortega Wada